STF mantém prisão de suspeito de liderar esquema de fraudes milionárias no FGTS

Ele é apontado como coordenador de grupo criminoso que realizava saques fraudulentos na Caixa Econômica Federal
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido de liberdade para Cristiano dos Santos, suspeito de liderar um esquema de fraudes milionárias envolvendo saques indevidos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em diversas agências da Caixa Econômica Federal no Estado de São Paulo. A decisão foi proferida pelo ministro Edson Fachin, que rejeitou o habeas corpus impetrado pela defesa do acusado.
Conforme a investigação, Santos ocupava posição de liderança dentro do grupo criminoso, sendo responsável pela organização das operações fraudulentas. O esquema envolvia a obtenção ilegal de dados de terceiros para realizar saques indevidos de contas vinculadas ao FGTS. Além disso, o acusado teria instruído outros membros da organização sobre como agir dentro das agências bancárias para evitar suspeitas.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia negado um pedido anterior da defesa, destacando a necessidade de manutenção da prisão preventiva para garantir a ordem pública e a ordem econômica. O Tribunal apontou que o grupo criminoso possuía estrutura sofisticada e agia de maneira coordenada, justificando a necessidade da custódia cautelar para interromper as atividades ilícitas.
A defesa argumentou que a prisão era desnecessária e que medidas cautelares menos gravosas poderiam ser aplicadas. No entanto, Fachin entendeu que a gravidade dos crimes e o modus operandi do grupo justificavam a manutenção da prisão, considerando que a liberdade do réu poderia representar um risco para o andamento das investigações e para a continuidade das fraudes.
Cristiano dos Santos permanecerá detido enquanto responde ao processo. O caso segue em tramitação na Justiça, e novas diligências devem ser realizadas para identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso