Juíza marca audiência de empresário que atropelou e matou jovem em Cuiabá

O crime ocorreu em 21 de novembro de 2024, no bairro Morada da Serra, tirando a vida da jovem Karolina Neves de 31 anos
A juíza Helícia Vitti Lourenço, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, marcou para 22 de abril de 2025 a audiência de instrução e julgamento do empresário Jorge Antônio Almeida de Brito, réu pelo atropelamento e morte de Karolina Pereira Carvalho Neves, 31 anos. O crime ocorreu em 21 de novembro de 2024, no bairro Morada da Serra, em Cuiabá.
Jorge estava embriagado quando ocorreu o atropelamento. Ele responde pelos crimes de homicídio qualificado e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor por quatro vezes, já que ele colidiu com outros dois veículos e feriu outras três pessoas.
A juíza indeferiu todos as alegações da defesa de Jorge – feita pela Defensoria Pública de Mato Grosso – que alegou ausência de justa causa para a ação penal e violação da cadeia de custódia das provas.
Helícia Vitti Lourenço destacou que a denúncia está alicerçada em elementos razoáveis que formam a justa causa para processamento da ação. “A denúncia veio acompanhada das investigações policiais pertinentes ao caso, laudos periciais e diversos outros documentos, cujos elementos indiciários foram suficientes à deflagração da ação penal, eis que reúnem a prova da materialidade e os indícios suficientes de autoria delitiva quanto aos crimes imputados”.
Em relação aos argumentos da defesa a respeito do laudo de local de acidente confeccionado pela Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), de que seriam vagos e imprecisos, “não há como constatar qualquer irregularidade do trabalho pericial, ao menos de plano, que possa inutilizar e macular a prova, ou ainda, que efetivamente comprometa a lisura do trabalho do expert”, apontou a magistrada.
O acidente
Na manhã do acidente, Jorge trafegava em alta velocidade pela Avenida Alice Freire, no Bairro CPA II, quando atingiu outro veículo que trafegava pela via e em seguida a motocicleta de Karoline, que estava indo para o trabalho e morreu no local. Dentro do veículo atingido estavam a motorista e duas crianças, que sofreram lesões leves.
Jorge estava visivelmente embriagado e tentou fugir do local, mas foi contido e até agredido por pessoas que estavam no local. Ele foi preso em flagrante. Posteriormente a prisão foi convertida em preventiva. Ele continua preso. A juíza Helícia Vitti Lourenço decidirá se ele será julgado pelo Tribunal do Júri, já que o caso é de crime doloso contra a vida.