Suspeito de Feminicídio: Prisão Preventiva Decretada em Caso de Morte de Psicóloga em Sinop

A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos decretou, na tarde de ontem (17), a prisão preventiva de um homem de 44 anos, suspeito de assassinar sua esposa, Janaína Carla Portela Santin, de 43 anos. O crime, que ocorreu na residência do casal no bairro Delta, chocou a comunidade local, já que Janaína era uma profissional respeitada e querida, atuando como psicóloga.
Durante a audiência de custódia, a defesa do suspeito solicitou a conversão da prisão em flagrante para domiciliar, mas a magistrada rejeitou o pedido. Em sua decisão, ela destacou a gravidade do crime, a necessidade de proteger a ordem pública e a periculosidade do acusado. A juíza lembrou que o crime foi cometido em contexto de violência doméstica, utilizando uma arma de fogo, o que acentuou ainda mais a brutalidade do ato.
“Os elementos dos autos revelam a gravidade da conduta praticada, especialmente pelo fato de ter ocorrido com disparos de arma de fogo, sendo pelo menos seis tiros dados durante a ação. Além disso, foram apreendidos uma pistola calibre .380 e um carregador com munições intactas”, afirmou a juíza.
O delegado Ugo Mendonça também encerrou as especulações sobre a possibilidade de suicídio, afirmando que perícias realizadas confirmaram que as circunstâncias da morte não sustentavam essa hipótese. O suspeito havia tentado alegar que uma discussão entre ele e a vítima levou a um desenrolar trágico, onde Janaína teria atirado contra ele antes de se suicidar.
Entretanto, conforme o delegado, a análise das evidências revelou incongruências nas alegações do suspeito. “Verificamos inconsistências em sua versão, como a distância e o ângulo dos disparos, além da ausência de características típicas de um tiro encostado, típico em casos de suicídio”, detalhou Mendonça.
Ele acredita que o suspeito pode ter alterado a cena do crime para se eximir da responsabilidade, simulando que a vítima havia disparado em si mesma. “As provas coletadas até agora são suficientes para indiciar o suspeito por feminicídio”, concluiu Ugo.
Janaína deixa dois filhos, que agora enfrentam a dor da perda de uma mãe e a tragédia de um caso de violência doméstica, que destaca a necessidade contínua de discussão e combate a essa realidade na sociedade. As investigações seguem em curso, enquanto a comunidade aguarda por justiça em nome da psicóloga e de tantas outras vítimas de feminicídio.
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