Análise Técnica sobre Óbitos por Arboviroses em Mato Grosso
A Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso divulgou uma análise técnica que destaca a gravidade da situação em relação aos óbitos causados por arboviroses, especialmente dengue e chikungunya. O estudo enfatiza a vulnerabilidade dos indivíduos com mais de 50 anos e com comorbidades, como a hipertensão, que estão mais propensos a desenvolver complicações severas.
Neste ano, todos os óbitos relacionados à chikungunya ocorreram em pessoas acima de 60 anos, todas apresentando doenças preexistentes. A hipertensão foi a condição mais frequente, observada em 14 casos, seguida por diabetes (4 casos), hepatopatias (2 casos) e doença renal (1 caso). Em paralelo, o perfil dos óbitos por dengue revelou uma distribuição semelhante, com três vítimas do sexo masculino e duas do sexo feminino, predominando na faixa etária de 50 anos ou mais, e com doenças preexistentes várias, incluindo hepatopatias, diabetes e doença renal.
Gilberto Figueiredo, secretário de Estado de Saúde, expressou preocupação com o aumento dos óbitos e ressaltou a importância da participação da população no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti. Ele destacou uma série de medidas preventivas, como a verificação de locais com acúmulo de água, o fechamento adequado de caixas d’água, a limpeza de calhas e a utilização de repelente, enfatizando que essas ações são cruciais para proteger os grupos mais vulneráveis.
As arboviroses, transmitidas pelo Aedes aegypti, causam sintomas semelhantes, mas cada uma possui características distintas que ajudam na diferenciação. A dengue se apresenta com febre alta, dores musculares intensas, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e, em casos graves, pode evoluir para dengue grave com risco à vida. Sinais de alerta incluem dores abdominais e vômitos. Por outro lado, a zika é geralmente autolimitada, mas pode causar graves malformações fetais se contraída durante a gestação. Já a chikungunya é marcada por febre alta e dores articulares intensas, que podem persistir por um longo período.
Este panorama ressalta a necessidade urgente de aumentar a conscientização sobre as arboviroses e reforçar ações de prevenção, particularmente entre os grupos de maior risco.
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