Justiça e Reflexão: O Caso Regivaldo Cardoso e a Condenação de Gilberto Rodrigues dos Anjos

Justiça e Reflexão: O Caso Regivaldo Cardoso e a Condenação de Gilberto Rodrigues dos Anjos

 

Na noite de ontem, após um julgamento que durou cerca de dez horas em Sorriso, o caminhoneiro Regivaldo Cardoso expressou sua satisfação com a condenação de 225 anos imposta a Gilberto Rodrigues dos Anjos, réu responsável pela brutal chacina que vitimou sua esposa, Cleci Calvi Cardoso, e suas três filhas, Miliane, Manuela e Melissa, em novembro de 2023. O crime, que chocou o Brasil, deixou uma marca indelével na vida de Regivaldo, que apesar da sentença, reconhece que a justiça não traz de volta suas entes queridas.

 

Em suas palavras, Regivaldo declarou: “Uma sentença muito boa, todos os juradores foram unânimes na condenação do réu, o juiz também foi certeiro na sentença. Ele vai cumprir esses 40 anos que é o devido, e com certeza não vai colocar o pé dele nunca mais fora da cadeia. Estou satisfeito, não muda para a gente, não vai trazê-las de volta, não vai diminuir o sofrimento e a saudade, mas a justiça foi feita.”

 

O advogado da família, Conrado Pavelski, também comentou sobre a decisão, ressaltando a gravidade do crime e a necessidade de uma punição rigorosa: “Achei justíssimo. Ele poderia pegar 500 anos, mas jamais traria de volta as meninas e a esposa do Régis, mas dentro daquilo que foi demonstrado hoje, excelente trabalho do doutor Luiz Fernando (promotor), foi uma pena justa por aquilo que ele cometeu.”

 

O promotor Luiz Fernando Rossi Pipino, que acompanhou de perto o caso, descreveu a chacina como “o episódio mais assombroso do país”. Ele afirmou: “Estou no Ministério Público desde abril de 2009 e, desde o início da carreira, eu oficio no tribunal do júri e nesses 16 anos nunca presenciei tanta maldade, nunca tinha me deparado com a maldade num estado bruto, em pessoa e personificada.”

 

O juiz Rafael Deprá Panichella elogiou a condução do júri e a rapidez do julgamento, especialmente considerando a complexidade do caso. “Era um plenário que a gente tinha publicidade restrita, tínhamos que ter um cuidado a mais relacionado à vítima e isso foi preservado ao mesmo tempo em que foi dada todas as informações possíveis para a população. O trabalho foi bem feito”, destacou.

 

Gilberto Rodrigues dos Anjos, que acompanhou parcialmente a sessão de videoconferência da Penitenciária Central do Estado, optou por não se pronunciar durante o julgamento e saiu antes do término. Ele foi condenado não apenas pelos quatro homicídios, mas também pelos crimes de estupro, refletindo a gravidade de suas ações.

 

Este caso, além de ser um exemplo de busca pela justiça, deixa uma reflexão profunda sobre a natureza da violência e suas consequências devastadoras nas vidas das vítimas e de seus familiares. O luto de Regivaldo Cardoso e a dor irreparável pela perda de suas filhas e esposa são um lembrete sombrio de que, mesmo em meio à justiça, há um vazio que nunca poderá ser preenchido.

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