Mauro diz que Estado abriu sindicância para apurar denúncias de violência no presídio Ferrugem em Sino
O governador Mauro Mendes afirmou, ontem, que o Estado já está apurando graves denúncias em relatório de inspeção na penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como Ferrugem. Além de supostas torturas aos reeducandos, o documento aponta ameaça e plano para matar magistrados.
“A medida já foi tomada, o governo do Estado, através da secretaria já instaurou uma sindicância, que já está em andamento e espero que rapidamente eles tragam à luz os fatos e se alguém da parte do governo errou, não tenho compromisso com o erro, nunca mandei fazer, nenhum secretário e seguramente serão punidos, mas é necessário que traga mais evidências. Não dá para ouvir apenas um lado e emitir uma opinião”,
O relatório feito pelo Tribunal de Justiça aponta que um detento teria sido incumbido de matar um juiz durante audiência. Para isso, ele teve as algemas destrancadas e “ganhou” uma arma artesanal conhecida como chuço. Em troca do “serviço”, o faccionado teria tratamento “vip” na unidade prisional. Porém, o criminoso disse que desistiu de executar o plano.
Outro trecho do documento fala sobre um carro do Judiciário interceptado por uma caminhonete Amarok na estrada. Além disso, narra condições subumanas e tortura aos detentos. Os reeducandos relataram episódios de humilhações, uso abusivo de spray de pimenta, tiros de borracha e até mordida de cães como medida disciplinar.
Em nota, a secretaria de Estado de Justiça informou que recebeu, na última sexta-feira, o relatório de inspeção realizado. “Paralelamente à referida inspeção, a Sejus instaurou, no mês de novembro, procedimento administrativo de apuração, conduzido pela Corregedoria-Geral da instituição, com a finalidade de examinar de forma minuciosa e imparcial dos fatos ocorridos durante um início de motim por parte dos reeducandos, que tentaram, na ocasião, destruir as celas da carceragem. Esta Secretaria ressalta ainda que durante o ano de 2025 não houve denúncia formal em nenhum órgão fiscalizador sobre suposta tortura na referida penitenciária. A Sejus não coaduna com nenhum tipo de abuso ou prática criminosa e caso seja confirmado, serão adotadas as medidas cabíveis para a devida responsabilização”, encerra a nota.



