Psicóloga morta em Sinop será sepultada em Cuiabá

Psicóloga morta em Sinop será sepultada em Cuiabá

O corpo da psicóloga Janaína Carla Portela Santin, de 43 anos, está sendo velado na capela em Cuiabá e o sepultamento está previsto para esta manhã, às 11 horas, na capital. A informação foi confirma pela Pax Primavera.

 

Ela faleceu nesta segunda-feira com disparo de arma de fogo na cabeça, em uma residência no bairro Delta, em Sinop. O suspeito do crime é o marido dela e foi preso em flagrante pela Polícia Civil.

 

Ontem, a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos decretou a prisão preventiva do suspeito. Ele foi apresentado hoje em audiência de custódia e a defesa chegou a pedir a conversão da prisão em flagrante em domiciliar. No entanto, A magistrada citou como argumentos para decretar a prisão preventiva a gravidade do crime, a necessidade de resguardar a ordem pública e a periculosidade do suspeito.

 

“Assim, como se observa das peças carreadas nos autos, a gravidade da conduta praticada, em tese, pelo flagrado está revelada diante das circunstâncias em que foi desenvolvida a ação, uma vez que o crime foi praticado no contexto de violência doméstica, com emprego de arma de fogo, dentro da própria residência da vítima, circunstância que revela a brutalidade do comportamento, o qual, à evidência, põe em risco a própria garantia da ordem pública”, destacou a juíza.

 

“Ademais, o crime foi praticado mediante disparos de arma de fogo, totalizando ao menos seis tiros no local dos fatos, segundo informado pelo perito responsável, inclusive com a apreensão de pistola calibre .380 e um carregador com munições intactas. Ressalte-se que, segundo relato da autoridade policial, o autuado apresentou diversas versões contraditórias acerca dos fatos, inclusive durante simulação feita no local, o que demonstra tentativa de manipulação da cena e a necessidade de sua segregação cautelar para preservação da instrução criminal. A dinâmica dos fatos, marcada pela contradição, e a aparente tentativa de imputar à vítima a autoria dos disparos, reforçam a periculosidade do agente”, complementou.

 

No início da tarde, o delegado Ugo Mendonça confirmou que a hipótese de suicídio foi descartada após trabalho de perícia da equipe do Instituto Médico Legal de Sinop. Segundo Ugo, o suspeito teria inicialmente alegado que havia ocorrido uma discussão, na qual ela teria se apoderado da pistola, efetuado diversos disparos na direção dele, o atingindo na perna e, em seguida, atirado na própria cabeça. O tiro teria atingido a lateral direita da cabeça de Janaina com saída do lado esquerdo.

 

“Assim que fui informado de algumas incoerências na versão dele, acionei novamente a perícia, voltei no local com o investigador Gilson, e verificamos realmente a inconsistência na versão dele com relação à distância, ângulo de disparo, inclusive esse feito na perna dele. No local mesmo, os peritos já tinham detectado a ausência de qualquer tiro encostado, que é típico de quem pratica suicídio. Um tiro na cabeça, encostado de suicídio, ele deixa algumas marcas típicas, próprias dessa situação, e isso não foi encontrado. Eu acompanhei a necrópsia hoje de manhã, e juntamente com a médica e os peritos, foi novamente confirmado que não havia esse sinal de tiro encostado na cabeça da vítima, descartando assim a hipótese de suicídio.”

 

Ugo Mendonça ainda acredita que o suspeito possa ter alterado a cena de crime, mudando a “posição do corpo, acredito que ele mesmo efetuou os disparos, simulando que a vítima teria efetuado esses disparos, e acredito que ele mesmo efetuou o disparo na perna dele, que é compatível o ângulo de entrada e saída com a direção do disparo pelo fato dele ser destro. A principal informação era descartar o tiro encostado, que é típico do suicídio, não tendo esses sinais de disparo encostado na cabeça, fica afastado da hipótese de suicídio.”

 

“Acredito que já tem elemento suficiente para responsabilizar ele pela morte dessa mulher. O principal mesmo era descartar a hipótese de tiro encostado, que é típico do suicídio. Não tendo esse tiro encostado, não tendo esses vestígios, não tem como sustentar a versão dele de que ela praticou suicídio. Ele está preso por suspeita de feminicídio.”

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