Sobe para sete número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul informou, na última sexta-feira, 29, sobre a confirmação de mais duas mortes por leptospirose no Estado. Agora, o número total de vítimas da doença, que tem sua disseminação favorecida por enchentes que atingiram cidades gaúchas desde o final de abril, é de sete. As análises realizadas no Laboratório Central do Estado (Lacen) comprovaram a infecção em dois homens, de 56 e 59 anos, residentes em Porto Alegre e Canoas, respectivamente. Outros 10 óbitos permanecem sob investigação, enquanto 141 casos já foram confirmados.
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida por meio do contato direto ou indireto com a urina de animais infectados, principalmente ratos. Essa contaminação pode ocorrer através da água ou lama em locais inundados. “O contágio se dá pelo contato da pele com a água contaminada ou por meio de mucosas”, alerta a SES.
A transmissão da leptospirose se dá pela exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, que estão infectados pela bactéria Leptospira.
Os sintomas podem aparecer de 5 a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a até 30 dias. A SES orienta a população a buscar atendimento médico imediato caso apresente febre, dor de cabeça, fraqueza, dores musculares (especialmente nas panturrilhas) e calafrios.
Além desses sintomas, a doença também pode se manifestar com diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse.
De acordo com a SES, o tratamento da leptospirose é iniciado assim que a suspeita é confirmada pelos profissionais de saúde. Casos leves são atendidos em nível ambulatorial, enquanto os mais graves requerem internação imediata.
Para prevenir a leptospirose, a SES orienta algumas medidas, como a desinfecção de ambientes atingidos por enchentes com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), manter alimentos guardados em recipientes fechados, manter a cozinha limpa, evitar acúmulo de objetos e entulhos que possam atrair roedores, e evitar o contato com água ou lama de enchentes, usando botas e luvas de borracha quando necessário. O controle de roedores também é essencial, com a desinfecção e vedação de caixas d’água, frestas e aberturas, além da desratização realizada por profissionais capacitados.