TJMT promove capacitação sobre enfrentamento ao assédio moral com foco em gestores e chefias

TJMT promove capacitação sobre enfrentamento ao assédio moral com foco em gestores e chefias

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por meio da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação, promoveu na sexta-feira (04 de julho) uma capacitação voltada exclusivamente para gestores e ocupantes de cargos de chefia. O evento foi realizado na Escola dos Servidores, em Cuiabá, e integra uma série de ações desenvolvidas pela comissão, em alinhamento às orientações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o objetivo de fomentar ambientes de trabalho saudáveis e seguros no Poder Judiciário.

A capacitação abordou os comportamentos abusivos, intencionais e recorrentes no ambiente institucional que podem afetar física e emocionalmente os servidores. Foram discutidos os impactos do assédio moral, suas tipificações, os desdobramentos nas esferas administrativa e judicial e, principalmente, estratégias para o enfrentamento e acolhimento.

A palestra foi ministrada por Ludmilla Khatarina Rocha Lima, advogada, mestre em Família na Sociedade Contemporânea, instrutora e facilitadora de círculos de construção de paz e justiça restaurativa pelo Instituto AJUS, e cofundadora do Moinho de Paz. Ludmilla trouxe reflexões sobre a justiça restaurativa como estratégia de escuta e acolhimento em casos de assédio no trabalho.

A atividade contou ainda com o debate de três integrantes da comissão: as desembargadoras Juanita Cruz da Silva Clait Duarte (presidente da Comissão) e Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo (membro da Comissão), além da juíza Jaqueline Cherulli, presidente da AMAM e representante da Associação Brasileira de Mulheres Juízas (ABMJ).

A escuta ativa é o ponto de partida

A presidente da Comissão, desembargadora Juanita Duarte, destacou a importância da capacitação para os líderes institucionais. “O Poder Judiciário vem se preocupando com a construção de um ambiente de trabalho saudável. Momentos como este são fundamentais para orientar, acolher e garantir que os servidores se sintam seguros para se manifestar”, ressaltou.

Ela também destacou que a escuta ativa é o ponto de partida, e o servidor pode escolher por qual membro da comissão pode ser ouvido.

Não vai parar por aqui

Já a desembargadora Vandymara Zanolo, que já atuou como presidente da comissão, reforçou que a comissão continuará com ações em polos regionais levando rodas de conversa, urnas de manifestação e práticas como os círculos de paz e sessões de justiça restaurativa.

“É um assunto que precisa ser tratado continuamente. Há muitas dúvidas, e é essencial que os gestores participem, porque são eles que conduzem as equipes”, afirmou.

O ganho é coletivo

Para a juíza Jaqueline Cherulli, o balanço das ações da comissão até o momento é extremamente positivo. Ela destaca que houve ampla adesão às palestras, rodas de conversa e uso das urnas de manifestação.

“Muitas vezes, o servidor não percebe que carrega para o ambiente de trabalho comportamentos que aprendeu em casa ou na comunidade. Ao oferecer conhecimento e informação, mostramos caminhos para uma convivência mais saudável, que beneficia o ambiente de trabalho e se reflete positivamente também nas relações familiares e sociais”, avaliou.

Servidoras aprovam iniciativa

De acordo com a gestora do Complexo dos Juizados Especiais de Cuiabá, Maria de Lourdes Duarte, a realização da capacitação contribuiu muito para ela, que atua nessa função. “Achei ótimo. Espero que tenhamos mais treinamentos como esse para os profissionais. Essa capacitação contribuiu muito, pois lidamos com pessoas o tempo todo e precisamos estar informados.”

A gestora administrativa do Núcleo de Desenvolvimento Organizacional e de Pessoas, da Coordenadoria de Gestão de Pessoas do TJMT, Mariely Steinmetz participou da capacitação. Ela afirma que “a iniciativa da Comissão é louvável. Esse ainda é um tema pouco discutido em nossa sociedade. Apesar de existir, desde 2020, uma resolução do CNJ que estabelece uma política de prevenção e enfrentamento ao assédio, o assunto ainda é pouco debatido. Iniciativas como essa propagam conhecimento e estimulam as pessoas a refletirem sobre o tema. Trazer os conceitos e essa parte teórica agregou muito, especialmente para mim”, declarou a servidora.

Ações

A comissão atua com foco na escuta, orientação, prevenção e enfrentamento ao assédio moral, sexual e à discriminação, em conformidade com as diretrizes do CNJ e com um olhar humano para todos os servidores e servidoras do Judiciário.

Por meio da comissão, o Poder Judiciário de Mato Grosso tem realizado série de visitas às comarcas com palestras, rodas de conversas, inclusive no interior do Estado. O objetivo é levar conhecimento sobre o assunto, informar sobre as ações da comissão e seus membros. Uma urna para manifestações também é colocada à disposição dos servidores que queira registrar alguma situação relacionada ao assunto.

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